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AFINAL, QUEM É O MAIOR CAMPEÃO BRASILEIRO?

Seguindo os critérios da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) teríamos hoje cinco equipes dividindo o posto de “melhor do Brasil”. São eles o Flamengo, o Vasco, o São Paulo, o Palmeiras e o Corinthians, todos com quatro títulos cada.

Esse critério baseia-se apenas nos títulos conquistados na disputa do chamado “Campeonato Brasileiro” criado em 1971, o que é erro grave, já que descarta todos os torneios nacionais anteriormente disputados que fazem parte da história do futebol brasileiro.

A primeira competição entre equipes de estados diferentes inicio-se em 1933 com o Torneio Rio-SP. Por não englobar os times de outros estados concordo que esta não seja a referência ideal como marco inicial do Brasileirão.

Mas em 1959, organizou-se uma disputa de âmbito nacional, a Taça Brasil, torneio que reuniu - pela primeira vez – os campeões estaduais do ano. Seus vencedores foram os primeiros times a serem considerados campeões brasileiros e representantes do Brasil na Copa Libertadores de América, criada em 1960.

Após a derrota da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1966, foi realizada uma reformulação no campeonato nacional visando à conquista do Tri-Mundial em 1970. Assim, a partir de 1967, começou a ser disputado o Torneio Roberto Gomes Pedrosa, também conhecido como Taça de Prata. O Robertão era uma mistura do Rio-São Paulo com representantes de Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul. O último Robertão, ou Taça de Prata, foi disputado em 1970, ano em que o Brasil conquistou o tricampeonato na Copa do Mundo do México.

No ano seguinte, atendendo às pressões políticas no auge da ditadura militar, o então presidente da CBD (antecessora da atual CBF), João Havelange, instituiu o Campeonato Brasileiro disputado por 20 equipes e disputado até hoje pelos grandes clubes do País. Com o infeliz avanço do regime militar o torneio virou instrumento político e foi inchando até chegar ao absurdo número de 94 clubes, em 1979. O lema do governo militar para o campeonato entrou para a história - "Onde a Arena vai mal, mais um clube no nacional. E onde a Arena vai bem, mais um clube também". Ou seja, o número de vagas crescia de acordo com as necessidades dos militares. A Arena era o partido de sustentação do regime militar.

A partir daí criou-se a marca que se arrasta até hoje no futebol brasileiro, a desorganização. Edições forjadas de última hora foram criadas, como a Copa União (1987) e a Copa João Havelange (2000), fruto de várias viradas de mesa para segurar na elite clubes tradicionais que dentro de campo fizeram campanhas pífias e deveriam ser rebaixados.

Ao longo dos muitos anos em que comanda as competições de âmbito nacional (desde 1959), a CBF (antes CBD) recebeu muitas críticas por desmandos e atitudes não condizentes com a condição de entidade destinada a organizar o futebol brasileiro. Com certeza a principal delas é a de não reconhecer todos os campeões nacionais antes da criação do Campeonato Brasileiro, em 1971, fato reconhecido pela entidade maior do futebol, a FIFA.

O Santos das grandes conquistas nos anos 60

Seguindo o critério histórico e, claro, o mais justo, o Santos seria o líder com oito conquistas e o Palmeiras o segundo colocado com vitória em sete disputas. Mas a CBF segue ignorando a história...

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      TRAGÉDIAS AÉREAS COM TIMES DE FUTEBOL - 2ª PARTE

THE STRONGEST

“A Tragédia de Viloco”

Em 24 de setembro de 1969, feriado local, a equipe do The Strongest foi convidada para participar de um jogo amistoso organizado pela Associação de Futebol de Santa Cruz de La Sierra.

Para a equipe, era somente outra visita a cidade de Santa Cruz, após o término do Campeonato Nacional. A última partida oficial foi disputada no domingo anterior, dia 14 de setembro, uma derrota para o Universitário por 3 a 1, no que viria a ser a última oficial para da vida de diversos jogadores.

Na noite do dia 26 de setembro, soube-se que o avião, um DC-6 da Lloyd Aéreo Boliviano, com a maioria da delegação do The Strongest, que retornava da cidade de Santa Cruz de La Sierra em direção a La Paz havia desaparecido.

Passadas vinte e quatro horas do desaparecimento, e já sem muita esperança, o país recebeu a notícia: o avião havia se precipitado contra numa região montanhosa chamada La Cancha, na região mineira de Viloco, a cerca de 100 km de La Paz.

Todos os 69 passageiros e 9 membros da tripulação morreram. Os 16 jogadores e os três outros membros da delegação que morreram:

Funcionários carregam o caixão com um dos jogadores

Armando Angelacio, Hernán Andretta, Orlando Cáceres, Juan Iriondo, Jorge Durán, Julio Díaz, Héctor Marchetti, Angel Porta, Jorge Tapia, Ernesto Villegas, Germán Alcázar, Eduardo Arrigó, Oswaldo Franco, Raúl Farfán, Oscar Flores e Diógenes Torrico, mais o técnico Eustáquio Ortuño, o massagista Felipe Aguilar e o dirigente da equipe José Ayllón.

 

Outras tragédias com equipes de futebol:

03 de abril de 1961 – Avião que trazia de volta a equipe Chile Green Cross (hoje Deportes Temuco) de uma partida em Osorno pelo Torneio Apertura da Copa Chile chocou-se contra a Serra de Las Animas, na Cordilheira de Linares matando todos os seus ocupantes.

28 de abril de 1993 - Um avião da Força Aérea de Zâmbia, que levava a Seleção do país para uma partida das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 1994, explodiu logo após decolar de um aeroporto no Gabão, onde havia sido reabastecido.

Dezoito jogadores, três dirigentes da Associação de Futebol da Zâmbia (FAZ) e cinco militares morreram.

As investigações a respeito das verdadeiras causas do acidente nunca foram completadas, e os “Chipolopolo” (Balas de Cobre, no idioma bemba, em referência ao estilo veloz de jogo da seleção zambiana e ao metal cuja extração é vital para a economia do país) perderam muito do espaço que haviam conquistado nos anos anteriores. Há fortes indícios, no entanto, que aquele time seria uma das grandes surpresas da Copa de 1994.

 

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